Foi publicado recentemente os guidelines da AHA/Stroke de manejo da Hemorragia Subaracnóide, que vem a substituir o guideline de 2012. As recomendações foram revisadas e atualizadas e novas evidências foram incorporadas no novo guideline.
A diretriz foi dividida em 10 seções. Abordaremos as principais seções, trazendo slides traduzidos e resumos das principais recomendações e fluxogramas de tratamento.
1. INTRODUÇÃO
Esta diretriz de 2023 é limitada à HSA aneurismática e não aborda outros tipos de HSA, como as causadas por trauma, malformação vascular ou neoplasia. Também não aborda o manejo dos aneurismas não rotos, tema para o qual há um guideline específico.
2 e 3. CONCEITOS GERAIS e HISTÓRIA NATURAL DA HSAa
A HSAa é uma condição devastadora: 26% dos pacientes morrem antes de chegar ao hospital e há cerca de 13% de mortalidade intra-hospitalar.
Em indivíduos com ≥2 parentes de primeiro grau com aneurismas conhecidos, a prevalência de aneurisma chega a 12%. A triagem radiológica para aneurismas é custo-efetiva quando realizada a cada 5 a 7 anos para indivíduos de 20 a 80 anos de idade com uma história familiar de ≥2 parentes de primeiro grau com aneurismas cerebrais conhecidos.
SLIDE 1: Ressalta importância da HSAa, fatores de risco e recomendação atualizada de screening radiológico.
4. MANIFESTAÇÃO CLÍNICA e DIAGNÓSTICO
A apresentação clássica da HSAa é de um paciente que subitamente desenvolve uma cefaleia súbita e que atinge intensidade máxima rapidamente. É descrita a possibilidade de uma “cefaléia de advertência ou sentinela” que precede a apresentação em 10% a 43% dos casos.
A TC de crânio sem contraste continua sendo a base do diagnóstico da HSA, mas a investigação específica necessária depende do tempo de apresentação desde o início dos sintomas e do estado neurológico do paciente.
SLIDE 2: Abordagem do paciente com cefaleia intensa e de início agudo.
SLIDE 3: Lista características do sangramento relacionado a aneurisma e a recomendação da angiografia.
5. SISTEMAS HOSPITALARES DE ATENDIMENTO
Taxas de mortalidade mais baixas foram demonstradas em alguns estudos quando pacientes com HSAa são tratados por neurocirurgiões e intervencionistas experientes e em hospitais com maior volume de atendimento especializado. Por isso, é recomendada a transferência para centros especializados, quando possível.
SLIDE 4: Recomendação de transferência para centros especializados.
6. MEDIDAS MÉDICAS PARA PREVENIR NOVA HEMORRAGIA APÓS HSAa
Nesta seção, a diretriz aborda três pontos do tratamento clínico agudo:
-Controle da pressão arterial.
-Reversão de anticoagulação
-Uso de antifibrinolíticos
SLIDE 5: Recomendação sobre reversão de anticoagulantes e antifibrinolíticos.
SLIDE 6: Recomendação sobre manejo pressórica na fase aguda, antes do tratamento do aneurisma.
Conforme mostrado no slide, não há uma recomendação de um alvo específico de PA. A PA deve ser manejada de forma individualizada, evitando hipertensão, variabilidade e hipotensão.
7. MÉTODOS CIRÚRGICOS E ENDOVASCULARES
Pacientes com HSAa devem ser submetidos ao tratamento do aneurisma assim que possível para reduzir o risco de ressangramento, evento que pode ser fatal. No entanto, a escolha da modalidade de tratamento é altamente discutida. O objetivo de tratar o aneurisma deve ser equilibrado com os riscos do procedimento.
A diretriz traz algoritmos específicos que levam em consideração características do aneurisma e do paciente para a tomada de decisão sobre a melhor abordagem.
SLIDE 7: Recomendação tempo e objetivo do tratamento do aneurisma roto.
SLIDE 8: Abordagem preferida de acordo com características do aneurisma.
SLIDE 9: Abordagem preferida de acordo com características do aneurisma e do paciente.
8. MANEJO DE COMPLICAÇÕES MÉDICAS
Nesta seção, a diretriz aborda o manejo de complicações sistêmicas, como pneumonia e eventos tromboembólicos, os cuidados de enfermagem e neurointensivos e o diagnóstico e tratamento de complicações neurológicas, como vasoespasmo e hidrocefalia relacionado a HSAa.
Aqui, traduzimos os algoritmos de diagnóstico e tratamento do vasoespasmo e da hidrocefalia relacionados a HSAa.
SLIDE 10: Algoritmo de manejo do paciente com vasoespasmo cerebral e isquemia cerebral tardia (ICT).
SLIDE 11: Algoritmo de manejo do paciente com hidrocefalia pós-HSAa.
9 e 10. REABILITAÇÃO, PREVENÇÃO E MONITORIZAÇÃO DE NOVOS EVENTOS
Nestas seções, a diretriz aborda alguns aspectos da reabilitação após a HSAa e traz recomendações para prevenção e monitorização de novos eventos em pacientes que já tiveram HSAa.