Dural-based lesions: is it a meningioma?

Os meningiomas são as neoplasias intracranianas extra-axiais mais comuns e tem achados de imagem sugestivos na RM. No entanto, em aproximadamente 2% dos casos, o estudo anatomopatológico surpreende com diferentes neoplasias ou mesmo acometimentos não neoplásicos.

Desta forma, os exames de imagem tem implicação importante no tratamento cirúrgico ao tentar definir os meningiomas e seus mimetizadores.

Os autores objetivaram estabelecer recursos de imagem potencialmente úteis para serem preditivos dos meningiomas mimics e avaliar suas semelhanças com os meningiomas.

Foram selecionados 348 pacientes tratados cirurgicamente para lesões com base dural com diagnóstico pré-operatório de provável meningioma, em tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). Desses pacientes, 25 (7,2%) não tinham meningioma no laudo histopatológico final.

 

As seguintes características de imagem foram avaliadas em TC e RM:

1) TC de crânio sem contraste:

– Erosão óssea;

– Hiperostose óssea;

– Calcificações intratumorais.

2) RM cerebral:

-Sinal da cauda dural; realce do tumor;

-Acentuado hipersinal em T2 (próximo ao do líquor);

-Acentuado hipossinal em T2;

– Acometimento/realce leptomeníngeo;

– Componente cístico/necrótico;

– Sinal de deslocamento;

 

Resultados

– De 348 pacientes com diagnóstico pré-operatório de meningioma, 25 (7,2%) eram mimetizadores diagnosticados em relatório histopatológico.

– O Hemangiopericitoma/Tumor fibroso solitário foram os tipos mais comuns, seguidos das metástases.

Não esquecer: recentemente o tumor fibroso solitário e hemangiopericitoma foram considerados partes do mesmo espectro de neoplasias mesenquimais e foram agrupados na entidade nomeada HPC/SFT variando de grau I a III.

– Na literatura pregressa são descritos 5 Red Flags para os meningiomas mimics: (1) acentuado hipossinal em T2; (2) acentuado hipersinal em T2; (3) destruição óssea; (4) extensão leptomeníngea; (5) ausência da cauda dural. Por exemplo, meningiomas não costumam ocorrer com erosão óssea, sendo mais observada em HPC/SFT e plasmocitomas, além de que grandes áreas de hipossinal em T2 pode indicar maior componente fibroso.

– Os autores analisarem outro recurso de imagem que é o sinal do deslocamento dural, que pode representar o crescimento epidural ou deslocamento do periósteo da camada dural meníngea, sendo caracterizado como uma linha de hipossinal em T2 cobrindo pelo menos uma parte da lesão entre ela e o córtex cerebral.

– O sinal do deslocamento dural pode não ser tão confiável onde as camadas durais são naturalmente divididas como as reflexões na foice cerebral e seios venosos.

– No estudo foram observados que lesões parafalcinas ou em locais de convexidade eram mais propensos a apresentar espessamento dural. Apesar disto, a ausência do sinal da cauda dural pode ser considerado um red flag para as lesões mimetizadores, visto a alta prevalência deste sinal nos meningiomas.

Dural-based lesions: is it a meningioma?

conteúdos relacionados

Usamos cookies e tecnologias semelhantes para personalizar o conteúdo e melhorar sua experiência no site de forma segura. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Politica de Privacidade