Cicatrização de aneurismas intracranianos no estudo vessel wall

Cicatrização de aneurismas intracranianos no estudo vessel wall

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A sequência de ressonância magnética (RM) para avaliação de parede de vaso (vessel wall – VW) tem demonstrado aplicabilidade prática para avaliação de realce parietal em aneurismas saculares, no que diz respeito à perdição de progressão e risco de rotura. No entanto, a aplicação desta sequência no pós-operatório ainda não foi estudada. Este artigo tem como principal objetivo estudar os fatores associados ao realce parietal e reperfusão de aneurismas após embolização.

Metodologia. Neste estudo foram incluídos pacientes submetidos a tratamento endovascular de aneurismas intracranianos com serpentinas ou Woven Endobridge (WEB) e seguidos por RM com sequência VW e angiografia de subtração digital (DSA). A avaliação de imagem pós-tratamento foi feita analisando-se o realce do aneurisma (no colo, no domo e na cavidade) através de sequências VW, sendo classificada em presente ou ausente. A presença de reperfusão do aneurisma foi avaliada através de DSA e angioRM arterial (time of flight – TOF), sendo classificada em oclusão completa, remanescente do colo ou remanescente aneurismático.

Vamos aos resultados! 

Foram analisados 48 pacientes com 53 aneurismas. Em relação ao realce parietal (seja no colo ou no domo do aneurisma), observou-se significativa correlação com tempo decorrido desde o procedimento endovascular dentro de 6 meses, ou seja, foi mais abundante nos primeiros 6 meses após embolização, havendo redução do realce com o tempo. Acredita-se que isto seja explicado pelo processo de cicatrização do aneurisma (veja na página a seguir), refletindo estágios iniciais de endotelização junto ao orifício do aneurisma e invasão de células inflamatórias e formação de tecido cicatricial junto à sua parede. Com o decorrer do tempo, o processo inflamatório diminui e progride de forma centrípeta, reduzindo então o realce parietal. Desta forma, a persistência do realce parietal após este período (> 6 meses), pode sugerir cicatrização aneurismática insuficiente.

Em contrapartida, o realce da cavidade do aneurisma apresentou correlação significativa com intervalo de tempo superior a 6 meses e não identificado precocemente. Outro achado importante foi que nenhum paciente com realce intracavitário apresentou sinais de reperfusão na DSA ou no TOF. Desta forma, a presença de realce intracavitário pode estar relacionada à formação tardia de tecido fibroso vascularizado junto ao coil, podendo ser interpretada como marcador de imagem de cicatrização do aneurisma.

 
Agora, vamos a algumas imagens-chave?

“Visualization of Aneurysm Healing - Enhancement Patterns and Reperfusion in Intracranial Aneurysms after Embolization on 3T Vessel Wall MRI”
“Visualization of Aneurysm Healing - Enhancement Patterns and Reperfusion in Intracranial Aneurysms after Embolization on 3T Vessel Wall MRI”

Fonte:

Naomi Larsen, Charlotte Flüh, Jawid Madjidyar1, Michael Synowitz, Olav Jansen1, Fritz Wodarg

Clin Neuroradiol (2019). https://doi.org/10.1007/s00062-019-00854-5

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