A avaliação por imagem das vasculopatias do sistema nervoso central historicamente se deu através da análise do lúmen vascular, seja por angiografia digital, angiotomografia computadorizada ou por angiorressonância magnética.

Tendo em vista que o processo patológico primário das vasculopatias está localizado na parede vascular, a capacidade destes métodos de estreitar diagnósticos etiológicos é bastante limitada. Mais recentemente, técnicas de ressonância magnética (RM) envolvendo sequências para estudo da parede vascular (vessel wall imaging – VW) oferecem informações complementares, podendo sugerir substratos patológicos relacionados (por exemplo aterosclerose, vasculite, dissecção) e estreitar diagnósticos diferenciais, permitindo melhor manejo terapêutico dos pacientes.

A técnica de VW por RM (Black-blood) consiste em aquisições em alta resolução com supressão do fluxo sanguíneo luminal, antes e após a injeção de gadolínio, permitindo a visualização e avaliação da parede vascular, associada a técnicas de angiografia por RM para avaliação do lúmen.

Neste estudo, os autores propuseram-se a avaliar a aplicabilidade do estudo de VW por RM, usando uma técnica de aquisição mais rápida (Compressed-sensing T1 Black-blood), para análise de diversas vasculopatias em neurorradiologia (sendo elas arteriais e venosas).

Através da análise de uma série de casos, os autores concluem o seguinte sobre a técnica:

-Boa aplicabilidade prática;

– Menores tempos de aquisição;

– Possibilidade de cobertura de todo o crânio e

– Baixa suscetibilidade a artefatos de movimento

sendo alternativa não invasiva e altamente versátil para a visualização e diferenciação de uma ampla variedade de distúrbios arteriais e venosos neurovasculares.

Vamos aos casos?

Esta sequência é o máximo!

Fonte:

Konstanze Guggenberger, Axel Joachim Krafft, Ute Ludwig, Patrick Vogel, Samer Elsheik, Esther Raithel, Christoph Forman, Philippe Dovi-Akué, Horst Urbach, Thorsten Bley, Stephan Meckel.

Clin Neuroradiol (2019)

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