Signal of Carotid Intraplaque Hemorrhage on MR T1-Weighted Imaging: Association with Acute Cerebral Infarct

A aterosclerose carotídea é uma causa importante de AVC isquêmico. A maioria dos estudos recentes demonstraram a relação da presença de hemorragia intraplaca (HIP) como uma das principais características das placas vulneráveis e como fator preditor de eventos isquêmicos cerebrovasculares. Estudos mostram que em placas sintomáticas a incidência de HIP envolvendo mais de 50% da espessura da placa foi mais comum. Entretanto, tem-se observado a ocorrência de HIP em pacientes assintomáticos e sem estenoses. Outros trabalhos também têm mostrado que a presença de HIP pode acelerar a progressão da placa aterosclerótica e aumentar o risco de ruptura. Estudos recentes ressaltam a importância do estudo da relação de sinal das placas (RSP).

Este artigo investiga a associação entre a relação de sinal das placas com HIP nas diferentes sequências ponderadas em T1 e a ocorrência de lesões no território da ACI ipsilaterais nos pacientes com HIP usando vessel wall imaging MR (VWIMR).

COMO ESTE ESTUDO FOI REALIZADO?!

Foram incluídos 109 pacientes do estudo multicêntrico CARE-II, entre 18-80 anos de idade, com AVC isquêmico ou AIT recentes, placa aterosclerótica em pelo menos 1 das artérias carótidas internas determinado pelo USG-modo e placas carotídeas com HIP confirmada por VWIMR. Todos os pacientes foram avaliados em aparelho de 3 Teslas (TOF, T1 e MPRAGE, DWI) na região da bifurcação carotídea. Foram estudados o lúmen, parede, área total do vaso, espessura média parietal no eixo axial, presença de calcificação, core necrótico rico em lipídio (CNRL), HIP e rotura da capa fibrosa. HIP foi definida como 1,5 vezes da RSP com esternocleidomastoideo adjacente. Os volumes e áreas dos componentes e da placa total foram também medidos.

E OS RESULTADOS?

36,7% dos pacientes tiveram lesão no território da ACI ipsilateral à HIP, dos quais 70% foram AVC isquêmico recente e 30% AIT. Estes pacientes eram mais jovens e mais tabagistas que o grupo controle sem lesão na ACI.

Pacientes com lesões no território da ACI apresentaram:

  • maior área parietal média;
  • maior espessura média parietal
  • maior oclusão luminal
  • maior volume de core necrótico rico em lipídio e
  • maior RSP da IHP (1,44) na sequência T1, não havendo associação no TOF e MPRAGE

… quando comparados com o grupo controle.

Apesar de serem observados mais altos RSP nas HIP em pacientes com lesões no território ipsilateral da ACI, ainda existe uma faixa de sobreposição com os valores do grupo controle. Sendo portanto, o diagnóstico ou não de HIP mais acurado nos casos com RSP extremamente baixos (1,06-1,14) ou extremamente altos (1,55-1,82). Além disso, os autores sugerem que parte do sinal avaliado depende da HIP e do CNRL.

E O APRENDIZADO FINAL? 🙂

O estudo conclui que RSP da HIP nas ACI nas sequencias T1 é associada a ocorrência de AVC no território da ACI ipsilateral, independente de fatores confundidores.

ignal of Carotid Intraplaque Hemorrhage on MR T1-Weighted Imaging: Association with Acute Cerebral Infarct

Fonte:

Yang D, Liu Y, Han Y, Li D, Wang W, Li R, Yuan C, Zhao X.

American Journal of Neuroradiology April 2020.

Link para o artigo.

conteúdos relacionados

Usamos cookies e tecnologias semelhantes para personalizar o conteúdo e melhorar sua experiência no site de forma segura. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Politica de Privacidade