The “Mini Brain” Sign in a Case of Vertebral Hemangioma Mimicking Solitary Plasmacytoma of the Spine

O “mini brain” sign é um sinal descrito na literatura como altamente específico e patognomônico de plasmocitomas vertebrais. Este sinal decorre de prolongamentos de osso trabecular remodelado e espessado circundando o tecido neoplásico no corpo vertebral, formando a imagem semelhante a sulcos e giros cerebrais.

VAMOS AO CASO!

Paciente de 37 anos, previamente hígida, com quadro de lombociatalgia à direita. Foi submetida à tomografia computadorizada (TC) e à ressonância magnética (RM) de coluna lombar, sendo evidenciada uma lesão lítica no corpo vertebral de L4, altamente sugestiva de plasmocitoma vertebral. As investigações laboratoriais, incluindo hemograma, cálcio sérico, função renal e eletroforese de proteínas foram normais. Foi então realizada biópsia percutânea transpedicular da lesão seguida de vertebroplastia. A análise histopatológica da lesão foi hemangioma vertebral benigno.

The “Mini Brain” Sign in a Case of Vertebral Hemangioma Mimicking Solitary Plasmacytoma of the Spine

Até o presente momento, nenhuma outra lesão neoplásica apresentando-se por imagem com este sinal havia sido descrita. Este caso então contraria a suposição prévia de que o sinal do “mini brain” é patognomônico de plasmocitomas vertebrais. Da mesma maneira, este caso ilustra uma apresentação atípica de hemangiomas vertebrais (HV). Casos típicos de HV usualmente apresentam características de imagem clássicas, como o padrão em “bolinhas” (no corte axial, refletindo as trabéculas ósseas verticalizadas e espessadas) ou em “veludo” (corte sagital) e alto sinal nas sequências de RM ponderadas T1 e em T2 (alto conteúdo gorduroso).

Hemangiomas vertebrais atípicos sintomáticos costumam apresentar padrão de imagem mais agressivo, com alterações líticas mais extensas e intensidade de sinal diferente dos hemangiomas clássicos (como iso a baixo sinal em T1, refletindo estroma biologicamente ativo, com baixo conteúdo gorduroso), podendo simular lesões ósseas de outras etiologias.

Os autores acreditam que o aspecto em “mini brain” possa decorrer do crescimento mais acelerado da lesão nestes casos atípicos, promovendo deslocamento centrífugo das trabéculas ósseas.

Fonte:

Ding Zhang, João Paulo Andrade, João Cassis, Pedro Soares
Clin Neuroradiol 2019
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